A seleção de técnicas apropriadas de recuperação vai depender de vários fatores. Primeiro, o atleta e o treinador terão que reconhecer o que foi exigido no treinamento, a fim de recuperar qualquer fadiga residual a partir disso.
Assim sendo, o profissional de Educação Física precisa estar em contato com o fisioterapeuta, que terá como principal preocupação fazer com que o atleta lesionado se recupere de forma rápida, com segurança e com manutenção da integridade física.
Por isso, o fisioterapeuta utiliza todos os recursos disponíveis a sua disposição para oferecer ao atleta a possibilidade dessa rápida recuperação. E a hidroterapia é um desses recursos.
Atletas com lesões agudas ou que estão em pós-operatório muitas vezes não são liberados pelos médicos para a realização de fisioterapia logo em seguida, pois alguns movimentos, exercícios ou até mesmo a descarga de peso no membro acometido podem ser contraindicados.
Porém, como já supracitado, a hidroterapia é um método que diminui totalmente o impacto nas articulações e por ser realizado dentro da piscina, oferece formas de realização de exercícios que podem ser feitos de forma totalmente segura sem interferir no processo inicial de reabilitação.
Com poucos dias de lesão o atleta já pode realizar a hidroterapia e pode obter os benefícios de manutenção e ganho de força muscular que podem ser feitos de forma passiva ou isométrica dentro da água. O atleta pode ainda manter a ADM do membro acometido e melhorar a ADM dos membros saudáveis, além de diminuir a dor e o edema causados pela lesão.
Quando o atleta for liberado para a fisioterapia no solo ele já estará com boa parte do processo de reabilitação realizado, o que fará com que ele tenha a recuperação total em bem menos tempo.
Dicas de como realizar a hidroterapia no seu dia a dia
Chuveiros, banheiras e saunas (banhos secos) proporcionam ambientes ideais para se esticar e fazer automassagem. Basta seguir as seguintes diretrizes:
1) Contraste com gelo e água quente ou sauna e piscina fria, alternando quente (39 ºC a 40 ºC) e fria (10ºC – 12ºC): ficar entre 3 e 4 minutos no quente, então ficar 30-60 segundos no frio, repetindo o processo 3 vezes.
2) Chuveiros: podem ser usados a qualquer hora, 30 segundos quente, em seguida, 30 segundos fria, repetindo 3-4 vezes.
3) Sempre leve uma garrafa de água ou bebida esportiva para não desidratar.
Contrastando chuveiros quentes e frios, ou usando uma sauna quente com uma piscina fria ou chuveiro, há um aumento do fluxo sanguíneo para os músculos, acelerando a remoção do ácido lático.
Esse efeito funciona como um "bombeamento", em que o frio gera uma vasoconstrição e o calor uma vasodilatação. A eliminação de lactato utilizando este protocolo ocorre a uma taxa comparável com a eliminação de ácido láctico através de atividades aeróbicas leves.
Utilizar os recursos físicos da água é de grande auxílio tanto para o fisioterapeuta, que pode controlar melhor os possíveis sintomas de dor e tensão muscular causados pelas lesões, além de oferecer mais recursos para o tratamento fisioterápico em questão, como para o paciente, já que a hidroterapia acaba trazendo resultados não só fisiológicos, mas também emocionais.
Portanto, a hidroterapia é um excelente recurso a ser acrescentado na reabilitação de atletas para uma recuperação mais rápida e eficaz. É importante o profissional de Educação Física entender o processo.
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