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Os materiais utilizados nas aulas de educação física escolar, classificando como tradicional os materiais industrializados que são utilizados em esporte ou atividade física, como as bolas, bastões, redes, colchonetes, cesta de basquete, apito, etc. Como material tradicional alternativo este autor considera todo material utilizado em atividade física e esportiva que é criado pelo professor como a peteca feita de garrafas plásticas, bolas de meia, etc. O material não tradicional inclui os materiais que não são comumente utilizados no esporte ou em atividade física, como livro, giz, papel, figura, fitas, etc. E por último o material não tradicional alternativo que também não são utilizados em atividade física ou esportiva, mas que foram criados pelo professor ou pelos alunos, sendo estes relacionados à educação física, como os painéis, desenhos, cartazes, maquetes, etc.

    A escassez de materiais e equipamentos, principalmente na rede pública de ensino é uma realidade presente, tanto para a educação física, quanto para outras disciplinas, por este motivo, o professor de educação física deve estar apto a planejar e desenvolver atividades de acordo com o material existente ou disponível na instituição de ensino em que trabalha. Aguiar (2009) destaca que se a disponibilidade de materiais for diferente das necessidades adequadas para a realização da atividade planejada pelo professor, a qualidade e a dinâmica das aulas pode ser influenciada, mas vale destacar que há professores que cumprem os objetivos da educação física escolar, desenvolvendo atividades motivantes, mesmo sem materiais ou espaços "adequados" .

    Martinez Bonafé, (2002) ressalta que os materiais muitas vezes são utilizados apenas para um determinado tópico nas aulas de educação física e que estes poderiam ser utilizados não apenas com o objetivo que a cultura escolar ou esportiva o define e sim poderiam ser mais explorados. Concordando com a necessidade de exploração dos materiais nas aulas de educação física, Peiró (2001) apontam que estes devem ser utilizados a partir das reflexões e decisões dos próprios professores, não se limitando as instruções de uso de determinados pacotes curriculares que muitas vezes já vêm estabelecidos de instâncias superiores a escola onde serão realizadas as atividades.

    Em relação ao uso de materiais Parcerisa (1999) aponta que devido diversidade de alunos, os materiais deveriam ser o mais diversificados possíveis, incluíndo materiais alternativos, assim possibilitaria inúmeras possibilidades de atividades nas aulas de educação física, ampliando a perspectiva de formação integral do aluno.

    A sugestão de diversificação no uso de materiais, pode incluir o uso da tecnologia e da mídia, pois atualmente as atividades físicas, os eventos esportivos e assuntos relacionados as práticas corporais e os benefícios da atividade física, tem ampla divulgação em na mídia, textos em revistas e jornais, sendo esta uma forma de contato com práticas corporais contemporânea, que faz parte da realidade diária dos alunos. Estas novas formas de contato com as práticas corporais não devem ser ignoradas, ao contrário o professor deverá instrumentalizar os alunos para manterem uma relação crítica com a tecnologia e a mídia, quanto às informações e tendências sobre a atividade física que são repassadas.

    O esporte virtual, seja em computadores ou em games, pode ser um material a ser utilizado nas aulas de educação física, pois este é uma realidade atraente e cada vez mais presente na vida dos jovens. O desafio atual para a educação física é a integração destes dois espaços distintos: a competição virtual e a prática real de atividade física e esportiva, que podem ser transplantados para a realidade das aulas de educação física, inclusive ocasionando uma discussão teórica sobre regras, benefícios e maléficos para saúde, dentre outros temas que podem ser explorados pelo professor de educação física.

    As comunidades virtuais, tão populares, bem difundidas e bem aceitas pelos jovens podem ser utilizadas como um aliado didático para discussões e troca de informações sobre inúmeros temas que envolvem a prática de atividades físicas e esporte. Concordando com estes dados Pires e Bittencourt (1999) ressaltam que não podemos desconsiderar as informações e conhecimentos sobre a educação física que é produzida pela mídia, pois estas fazem parte do cotidiano dos alunos, mas a integração das tecnologias com as técnicas didáticas convencionais ainda são um desafio para a educação física.

    O uso da tecnologia e mídia nas aulas de educação física se depara com um problema, pois grande parte dos professores hoje atuante foi formada com técnicas e materiais convencionais e por este motivo tendem a ministrar suas aulas com técnicas e materiais convencionais. Porém os professores, não só os que ministram as aulas de educação física e sim todos, deveriam considerar que o uso da tecnologia na educação pode ser um grande aliado, pois quando bem direcionados oferece objetos, espaços e instrumentos capazes de renovar situações e propor outras ainda mais estimulantes.

    Independente dos espaços, tempos e equipamentos, a aula de educação física, segundo PCN (Brasil, 1998) deve introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento formando um cidadão que vai usufruir de forma consciente do jogo, do esporte, dança, das diferentes práticas de atividade física em benefício da sua qualidade de vida. Sendo assim a educação física tem a responsabilidade de formar cidadão capaz de posicionar-se criticamente diante das formas de cultura corporal, bem como, prepará-lo para aderir a programas de atividade física, conhecer seus limites e desejos, para que possa avaliar a qualidade do que lhe é oferecido e identificar as práticas que melhor promovam a seu bem estar. Estas afirmações são respaldadas pelos dizeres de Betti (1994) ao apontar que a educação física deve levar o aluno a descobrir motivos e sentidos nas praticas corporais.

Retirado daqui


Publicado em 03/09/14 e revisado em 10/04/18


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