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O hipotálamo produz GnRH, que estimula a adeno-hipófise a liberar LH e FSH que, por sua vez, agirão sobre as gônadas, estimulando a produção de testosterona, estrógeno e progesterona.
O aumento de LH e FSH é o estímulo para a maturação folicular. O folículo, em processo de amadurecimento, passa a secretar estrógeno, o qual prepara o útero para receber o embrião, provocando espessamento da parede do endométrio, aumento da irrigação sanguínea e da produção de muco.

Quando o folículo rompe, o nível de estrógeno cai e, como ele tem efeito inibitório sobre a secreção de LH e FSH, esses hormônios têm um pico, provocando a liberação do óvulo de 16 a 24 horas depois. Forma-se, então, o corpo lúteo, que começa a secretar progesterona.
Se houver fecundação, os níveis de estrógeno e de progesterona seguem aumentando, inibindo o eixo hipotálamo-hipófise ao longo da gestação. Assim, nesse período, o LH e o FSH se mantêm baixos, e a mulher se torna anovulatória.
Caso não haja fecundação, o óvulo entra em involução em até 72 horas. A progesterona e o estrógeno começam a cair e o estímulo para manutenção da parede do endométrio cessa, provocando sua descamação, caracterizando a menstruação. Então, o LH e o FSH, que estavam baixos, começam a subir novamente, iniciando um novo ciclo, conforme o gráfico abaixo.







A pílula anticoncepcional mantém os níveis de estrógeno e de progesterona altos, inibindo o eixo hipotálamo-hipófise, o que impede aumento de LH e de FSH.

Relação com o exercício

Exercício em intensidades normais, praticados por não-atletas, não afetam o ciclo hormonal feminino. Já atletas que praticam treinos de alto volume e intensidade, geralmente, possuem baixo percentual de gordura corporal, diminuindo a oferta de colesterol. Com isso, há déficit de hormônios esteroides, como o estrógeno e a progesterona, já que são sintetizados a partir do colesterol. Com a ausência desses hormônios, o ciclo menstrual não ocorrerá normalmente, tornando a mulher amenorreica.
Caso a atleta seja praticante do exercício desde a infância, a primeira menstruação – menarca – não ocorrerá, devido aos baixos níveis de progesterona e estrógeno. Como consequência, essa menina pode não iniciar o estirão puberal, mantendo baixa estrutura e proporções corporais mais harmônicas, já que os esteroides gonadais, associados à secreção normal de GH, induzem ao grande crescimento na adolescência.
O estrógeno também estimula a deposição de cálcio nos ossos. Dessa forma, pacientes amenorreicas, que possuem pouca produção de hormônios esteroides, têm mais chances de desenvolver de osteopenia e osteoporose – e subsequentes fraturas por queda ou estresse.


Fonte

from Educação Físicaa