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Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a terceira idade é considerada a partir dos 60 anos. No Brasil de 187 milhões de habitantes 9,3 % representam homens e mulheres com 60 anos ou mais, e segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2006), a tendência é que a quantidade de pessoas nessa faixa etária seja cada vez maior, devido à queda das taxas de mortalidade e fecundidade e ao aumento da longevidade.

A prática de exercício é importante para o desempenho das atividades diárias, assim se houver um declínio da prática destes exercícios haverá uma diminuição da capacidade de realização dessas atividades. Além da perda de força, a capacidade do músculo de exercer força rapidamente diminui com a idade. Essa habilidade é de grande importância e pode servir como um mecanismo protetor nas quedas, uma das causas mais ressaltadas em lesões domésticas.

Para uma efetiva prescrição de exercícios para o público idoso, temos que levar em consideração que o envelhecimento é um processo particular e que cada pessoa envelhece de forma diferente. Esse processo é chamado de Índice de Envelhecimento. O índice de envelhecimento mostra as individualidades de cada pessoa no processo. Por exemplo: duas pessoas com a mesma idade podem envelhecer de formas diferentes (um indivíduo de 60 anos pode ter as articulações preservadas, enquanto que outro da mesma idade pode apresentar quadros de artrose avançados), ou ainda, uma pessoa, em relação a ela mesma, pode apresentar processos de envelhecimento diferentes em sistemas diferentes do organismo (uma pessoa de 60 anos pode não apresentar cabelos brancos, mas pode ter problemas de equilíbrio).

Ao avaliarmos o indivíduo idoso, devemos ter claro quais são suas perdas principais e como elas afetam sua qualidade de vida. Lembrando que a função principal do nosso trabalho é permitir que a pessoa faça e continue fazendo aquilo que é importante para ela mesma em termos de funcionalidade e independência.

Uma vez que o indivíduo é avaliado e são determinadas quais as perdas, o programa deve ter como objetivo:

1 – prevenir ou retardar a progressão de alguma doença crônica;

2- manter ou aprimorar os níveis de aptidão cardiorrespiratória (capacidade funcional);

3- prevenir as limitações e incapacitações funcionais (flexibilidade, força, coordenação, equilíbrio).

De posse dessas informações, um programa de exercício físicos para essa população deve ser global – exercícios resistidos, aeróbios, equilíbrio, flexibilidade – levando em consideração o índice de envelhecimento. Caso haja alguma necessidade específica resultante do processo de envelhecimento, você pode dar maior ênfase a um determinado tipo de treinamento, mas sem deixar de trabalhar outros componentes

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