As pessoas com HIV/Aids podem se exercitar, se apresentar condição física para o esforço decorrente do treinamento. Para conhecer essa condição, é necessária a realização de uma avaliação médica. Além disso, uma consulta pode minimizar os riscos (de lesão, por exemplo) e maximizar os benefícios (aumento de massa muscular e força, entre outros) da prática.
A única forma de impedir a progressão da doença é o uso continuo dos antirretrovirais (ARVs). Mas para aumentar não só a expectativa de vida como sua qualidade, uma vida saudável deve ser adotada. E a atividade física regular faz parte disso
Sem o tratamento adequado, o vírus circulando no sangue causa, além da destruição das células de defesa, uma inflamação constante que leva a outras complicações a longo prazo como insuficiência renal, doenças cardiovasculares, enfraquecimento dos ossos, perda de massa muscular, etc.
No que se diz respeito às atividades físicas em relação a AIDS a associação Medica Americana sugere uma hora de exercícios diários, de três vezes por semana, cada seção consistindo de 20minutos de bicicleta ergométrico ou esteira, com 60 a 80% da freqüência cardíaca máxima estimada para a idade. Após isso, 10 a 15 minutos de alongamento e 20 a 25 minutos de musculação.
Quando falamos em exercícios físicos, automaticamente fazemos idéia da pratica de esporte. No entanto, durante o tratamento, outro tipo de exercício possui a mesma importância. São aqueles realizados por profissionais da área de fonoaudiólogo, geralmente exercícios faciais, para melhorar a deglutição de alimentos.
A prática de exercícios além de trazer melhoras para o funcionamento geral do organismo (como do coração e dos pulmões; proporciona músculos maiores e mais fortes; diminui os níveis de colesterol e triglicérides no sangue; diminuem a gordura localizada; melhora a depressão, a ansiedade; ossos mais fortes; maior resistência geral e sistema digestivo mais ativo e eficiente, resultando em maior aproveitamento dos alimentos e das medicações), os exercícios ajudam a controlar o estresse e estimulam a liberação de endorfina, substancia química responsável pela sensação de bem estar. No caso de perda de gordura facial, os exercícios podem reforça os músculos do rosto, mais nem exercício pode recuperar gordura perdida nesse caso existe especialista que empregam uma técnica de preenchimento.
Além dos benefícios descritos acima, o treinamento físico pode atenuar os efeitos da síndrome metabólica, como redução dos triglicérides, aumento do HDL (bom cholesterol), melhora da resistência à insulina e do perfil lipídico. São pontos importantes para toda a população — e os indivíduos com HIV não são exceção.
O ideal para uma vida equilibrada é a somatória de vários fatores:
Sono reparador;
Equilíbrio mental;
Alimentação saudável e rica em proteínas;
Atividade física regular.
Mas não adianta apenas subir escadas, caminhar no parque de vez ou quando ou jogar bola no final de semana.
Atividade física regular significa praticar alguma atividade física pelo menos 5 vezes por semana. Falando dos principais benefícios do treinamento físico para portadores de HIV, a gente pode ter o treinamento aeróbio e o de força. O treinamento aeróbio (caminhada, por exemplo) aumenta a capacidade cardiorrespiratória, diminui o peso corporal e controla a fadiga. Já o de força (musculação) promove um aumento de massa muscular e força.
Como deve ser a distribuição dos tipos de exercícios:
Pelo menos 3 vezes por semana por pelo menos 50 minutos de atividade muscular, com objetivos progressivos de ganho de massa muscular;
pelo menos 2 vezes por semana por pelo menos 30 minutos de atividades cardio-respiratórias (natação, bicicleta, corrida, jump, etc)..
Exercícios não servem apenas para gastar calorias, veja abaixo outros benefícios:
Melhora da qualidade de vida, capacidade cardiorrespiratória e força muscular;
Previne a osteoporose;
Previne doenças articulares e auxilia em seu tratamento;
Previne doenças cardiovasculares.
Controle de peso, diabetes e colesterol;
Melhora transitória do sistema imunológico;
Melhora do estado nutricional;
Reduz a perda de massa magra (perda muscular);
Previne a demência;
Melhora a qualidade do sono;
Melhora a memória, ajudando o cérebro a reter melhor o que foi aprendido;
Melhora da composição e imagem corporal;
Diminui o aparecimento e ajuda no tratamento do estresse e depressão.
Publicado em 21/03/13 e reviado em 05/05/20
from Educação Físicaa
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