Não é musculação, treinamento funcional, corrida, ioga ou qualquer outra modalidade de exercício físico. A grande aposta fitness para 2017 cabe no bolso (ou na bolsa), conta passos, calorias, batimentos e ainda zela pelo seu sono. As wearables technologies (tecnologias "vestíveis", em tradução livre) encabeçam a lista anual do Colégio Americano de Medicina do Esporte (American College of Sports Medicine/ ACSM) — maior organização de medicina do esporte e educação física do mundo — divulgada no fim de outubro.
Esta é a segunda vez que as tecnologias aparecem no topo da lista, ficando à frente de muitas práticas consideradas "coqueluches" por profissionais da área. Até o final de 2014, quando foram elencadas as tendências para 2015, essas ferramentas de controle do exercício sequer figuravam as dez mais.
Para chegar às 20 tendências do próximo ano, a entidade ouviu mais de 1,8 mil profissionais da saúde e da área de educação física.
Além das tecnologias, a 11ª edição da pesquisa também contemplou atividades como treinamento com peso do corpo, ioga, musculação e HIIT.
1. Tecnologias "vestíveis"
Contar passos, verificar batimentos cardíacos, avisar quando você precisa levantar da cadeira e dar uma caminhada são apenas algumas das possibilidades das ferramentas chamadas de "tecnologias vestíveis". Seja no formato de relógios ou pulseiras, elas reúnem informações sobre a rotina do usuário e vão além: são capazes de interpretar esses dados, transmiti-los para profissionais (nutricionista, médico, profissional de educação física) e motivar o paciente.
2. Treinamentos com o peso corporal
Enquanto a indústria que fomenta as academias corre atrás de tecnologias para oferecer equipamentos de última geração, essa tendência que alcançou o segundo lugar resgata a simplicidade do exercício. Usando apenas o peso do corpo ou pouquíssimas ferramentas, esse tipo de treinamento traz uma nova roupagem para uma moda dos anos 1980.
Além de romper com a sofisticação dos aparelhos, essa modalidade agrega benefícios importantes, pois acabam por repetir atividades rotineiras como subir degraus, saltar ou agachar.
3. High-Intensity Interval Training (HIIT)
Contrariando uma crença da década de 80, quando se acreditava que emagrecimento e resistência cardiorrespiratória só eram possíveis com a prática de exercícios aeróbicos de baixa a moderada intensidade e com longa duração, o HIIT trouxe a proposta de atividades intensas e de curta duração. Há comprovação científica que apenas 30 minutos de atividade por dia são suficientes para obter bons resultados para a saúde. Como todo exercício físico, a indicação é que a pessoa procure um médico antes de se jogar na modalidade.
4. Profissionais graduados e experientes
Este item reflete uma realidade mais específica do mercado norte-americano, no qual os personal trainers não precisam ser graduados em Educação Física. No Brasil, eu substituiria esse item pela importância da graduação em Educação Física com certificações adicionais.
5. Treinamento de força
Entra ano, sai ano, a boa e velha musculação segue como uma tendência.
A grande sacada da modalidade é que ela permite que pessoas diferentes níveis de aptidão física façam os exercícios, sempre adaptados para cada aluno. Como resultados, ela auxilia na correção postural, reduz as dores do corpo, dá força e resistência muscular entre outros. Também atuam no reforço das articulações.
6. Treinamento em grupo
Muitas pessoas acharam que as aulas coletivas iam morrer, no entanto, elas têm cada vez mais adeptos.
E não faltam boas razões para este fenômeno. Treinar em grupo dá uma motivação extra na hora de sair de casa, pois a aula acaba se tornando divertida e um aluno puxa o outro na hora de mexer o corpo. Além disso, essas práticas ainda costumam ser mais baratas, diminuindo o investimento necessário para se exercitar.
7. Exercício como medicamento
Não faltam estudos para comprovar os inúmeros benefícios dos exercícios para a saúde e a qualidade de vida. Há algum tempo, inclusive, eles começaram a ser indicados como coadjuvantes no tratamento de algumas doenças.
— Muitas pessoas com hipertensão leve voltam a ter níveis normais de pressão e não precisam mais tomar remédios.
Problemas psíquicos como depressão e ansiedade também podem ser melhorados com a prática frequente. Doenças ortopédicas são outras que comportam indicação de exercícios.
8. Ioga
Parar, cuidar da respiração, acalmar o corpo e a mente são alguns dos propósitos da prática.
Dentre os benefícios do ioga, pode-se citar bem-estar físico, melhora do sono e da respiração, aumento da flexibilidade, fortalecimento da musculatura, autoconhecimento e redução do estresse físico e emocional.
9.Personal trainer
A atuação destes profissionais é mais um fator de motivação importante, assim como as aulas em grupo. No entanto, diferente das atividades coletivas, o personal trainer está ao lado do aluno o tempo todo, prestando orientações sobre o treinamento e corrigindo os movimentos. Além disso, o treino é exclusivo e busca atingir os objetivos pré-estabelecidos pelo aluno. O principal empecilho costuma ser o custo elevado do serviço.
10. Exercício e perda de peso
Quando o assunto é emagrecimento,não tem como não citar a dobradinha alimentação equilibrada e exercício físico regular.
Era um problema de adultos, mas agora tem sido de crianças e adolescentes — finaliza.
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